sexta-feira, 31 de maio de 2013

O feriado e a coca mardita

Fomos ao club no feriado. Pedro se divertiu bastante e ensaiou nadar, fazendo tudo o que as crianças maiores faziam. Medo? Nenhum! Mamãe morrendo de orgulho, claro. E com um medinho da falta de medo dele também.

Saímos um pouco da piscina e fomos brincar no parquinhos. Eis que surge um garotinho de 1 ano e meio com uma jovem que parecia ser tia e que tomava coca-cola. Pedro sei lá porque é apaixonado pela marca da coca-cola, mas NUNCA tomou um gole sequer. Aliás, eu sei, é por conta das malditas propagandas, do mascote da copa estampado na lata, dos ursinhos fofinhos, enfim. Pedro olha pra ela e grita feliz: COLA-CÓUA! A bonita olha pra ele, já abaixada e  prestes a enfiar o canudo na boca do MEU filho: tu quer? Eu, leoa: NÃÃÃO! ELE NÃO TOMA ISSO! (Cara de alface) FIM.

Não aguento essa gente sem noção. Não aguento.

No mais, feriado lindo!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Brincadeira de criança

É bom ver crianças brincando! E quando quem brinca são os nossos filhos? É melhor ainda! Hoje, meu pequeno avistou dois menininhos que brincavam no prédio atrás do nosso, correu até lá. Chegou dando gritinhos ou gritões de felicidade. Engraçado como eles se enturmam fácil. Entre uma tentativa de tomar o brinquedo um do outro e um abraço, muitos sorrisos. E se dividissem os brinquedos? Eles dividem do jeito deles. E se chutassem a bola um para o outro? Um chuta, todos chutão. A confusão está armada! Que nada, um abraço, um carinho, um sorriso, um aêê! Tantas palavras enroladas, embaraçadas. Hoja tecla sap. E as quedas? Eles levantam!  E nós, mães? Temos sempre muito o que conversar, não é? Amamentação, alimentação, desmame, desfralde, aprendizados... Enfim, foi quase uma hora de muita brincadeira para eles e muita conversa para nós.

E a mãe vai dormir feliz, lembrando do filho feliz! :)

terça-feira, 28 de maio de 2013

O quartinho montessori do Pedro

Há alguns meses fui visitar escolas, na intenção de colocar Pedro, mas acabei decidindo adiar para o próximo ano. O bom foi que descobri uma que usava o Método Montessori, sobre o qual já havia ouvido falar, mas não sabia exatamente como funcionava. Consite em educar a criança respeitando suas fases, sua individualidade, sua necessidade de se tornar independente, em estimular o aprendizado livre, a prática de atividades cotidianas de maneira agradável. Aquela foi a que mais gostei, e a única em que deixaria o meu filho sem medo algum,( mentira!) com um pouco menos de medo que nas outras. Comecei a ler e pesquisar sobre o método e simplesmente fiquei encantada! Era o que faltava para a educação do meu pequeno. Para mais informações leia AQUI.

Como o Pedro só deve ir pra escola no próximo ano e o método pode ser aplicado em casa, comecei a densenvolver algumas atividades em casa, como disponibilizar panelas , colheres e até determiados alimentos(como verduras e frutas) para que ele brincasse de cozinhar enquanto eu fazia o almoço; permitir que ele escolha suas roupas, sempre dando opções; atividades de pintura, madelagem com massa; leitura; caixas sensoriais; atividades com letras e numerais; coisas desses tipo.

Até que resolvi que era hora de começar a adaptar a casa de acordo com o método para o Pedro. O ideal é começar pelo quarto. Desde que nos mudamos, há 6 meses, o berço dele foi tranformado em caminha, e ele já dormia sozinho há uns 3 meses, inclusive já falei sobre isso AQUI. Mas era pouco, já com as informações necessárias, passei a buscar ideias de tranformar o quartinho dele, sem gastar muito. A primeira mudança foi só com o que eu já tinha em casa, ficou assim:

Usei uma das grades do berço que estavam sem uso como revisteiro, encaixando entre o chão e a prateleira mais baixa. Transformei o gavetão da cômoda em nicho, para organizar melhor os brinquedos e no espaço que ficou vago na cômoda organizei outros brinquedos. Montei o tapete de letrinhas que estava guardado há tempos. Ainda pretendo encontrar uma caixa organizadora que se encaixe perfeitamente ali, mas não achei. A cama baixa, com grande de proteção, de onde ele desce com facilidade.



Faltavam ainda alguns detalhes do quarto montessoriano, como espelho, fotos da família, ganchinhos para que os objetos de uso pessoal ficassem ao alcance dele. Gastando pouquíssimo, fiz um mural com fotos dos parentes mais próximos com E.V.A. (sou super chata com relação a usar E.V.A., T.N.T e coisas desse tipo, sempre acho que fica feio; mas foi a opção que encontrei, gastei 5 reais para comprar duas folhas e cola de E.V.A., já tinha cola branca em casa e as fotos impressas, então foi só organizar as fotos, colocar com pouca cola para E.V.A e passar duas mãos de cola branca diluída em água - usei uma medida de água para uma medida de cola -, para prender na parede usei aquela fita dupla face 3m, que custou 8 reais e não usei toda). "Inventei" ainda dois porta-retratos. O primeiro, que está em cima da cômoda, era o quadro da porta da maternidade, que retirei os apliques, pintei de um verde mais escuro, coloquei uma foto nossa e um aplique de flores em feltro que era do móbile. O segundo, em cima do nicho, é o baú que foi lembrancinha do aniversário de uma ano dele, colei uma foto nossa na tampa e ele ainda serve de porta lápis.

 
Ainda não comprei um espelho, porque não encontrei nenhum que sentisse que é seguro, mas encontrei esse carrinho espelhado numa loja de departamento por 7 reais, que o Pedro adorou! Aqui dá pra ver melhor o baú porta-retrato.


Ganchinhos também comprados na loja de departamento, por 7 ou 8 reais e colocado por mim mesma na lateral do armário dele, pra não precisar chamar o marceneiro, rs. E a sandália de casa fica no cantinho embaixo.



Agora, de importante falta a mesinha de atividades que deve ser comprada mês que vem.
  
Já adaptei também a cozinha: vidros, porcelanas e objetos perfuro-cortantes ficam nas prateleiras e gavetas altas. Hoje, ele tem acesso aos potes, bacias, colheres plásticas. Reservei uma parte do armário só para as coisinhas dele, copos, pratinhos, colheres; mas ele acaba misturando com as da casa. E quando eu estou cozinhando ou lavando louças, ele sempre puxa uma cadeira para participar.

O fato é que desde que comecei a desenvolver as atividades montessorianas e a adaptação do quarto, o desenvolvimento dele acelerou e muito!E ele que seja foi independente, está dia mais.

Gostaram?

Beijos


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fim de semana e as coisas do papai

Esse final de semana foi bem diferente. A começar pela sexta que depois de um bom tempo dormindo tarde, Pedro caiu no sono às 22h, isso porque não quis dormir à tarde. Antes dele dormir, eu expliquei que quando ele acordasse só o papai estaria em casa, porque mamãe precisava resolver umas coisas na rua. E assim foi, de manhã cedo ele foi pra nossa cama, mamou muito e dormiu de novo. 
Então, levantei organizei algumas coisas e fui ao centro da cidade, atrás de coisinhas baratas para o bolinho dele que já falta praticamente um mês e de "tralhas" para artesanato. Essa foi a terceira vez que papai ficou sozinho em casa com Pedro(isso porque sempre fazemos nossas coisas juntos, os três) e foi também a mais longa, com ele acordado, tendo que dar café, banho, lanche, almoço e ainda fazer o tal do almoço - sobre este eu já conto, hahaha - e ele até que se saiu muito bem.
Eu fiquei com uma sensação tão boa, aquela coisa de liberdade que sempre fica faltando desde que ele nasceu, já que eu quase não tenho tempo pra mim. E ao mesmo tempo uma saudade imensa dele, só de ficar 15 minutos longe, pode? Coisas de mãe. 
Logo que cheguei, percebi algo que nunca havia dado "valor" em pleno centro da cidade, uma praça cheinha de flores, plantinhas e mudas para serem vendidas e quem eu encontrei lá? Uma mudinha de manjerição, que não fazia ideia de onde encontrar. Comprei, claro e já plantei. Vou contar sobre isso depois, meu primeiro temperinho da horta. Enfim,consegui fazer quase tudo o que eu queria e ainda encontrei a tia Cássia e arrastei pra almoçar com a gente.
Chegando em casa, quase às 13h, Pedro estava sentadinho no cadeirão, todo lambuzado de molho de tomate. Eu deixei adiantado para o almoço de todos hamburguinho caseiro no ponto de assar no grill e pedi para o marido fazer um macarrão e colocar molho de frango caseiro no macarrãozinho de Pedro, mas ele não entendeu e resolveu fazer um molho de tomate com chuchu.
É que eu faço um molho de tomate com base de chuchu facinho, afervento 2/3 tomates, cozinho meio chuchu, bato no liqui e tempero com azeite, sal, orégano, cebola. Só que papai não sabia que precisava cozinhar o chuchu. O que ele fez? Picou cebola, chuchu, refogou no azeite e encheu de molho de tomate de caixinha (não era dos piores, mas usei esse pra Pedro pouquíssimas vezes), crente que tava tudo certo. A intenção foi boa, né? HAHAHA Quando ele falou, não acreditei, morri de rir. Mas ele tentou, isso que importa! 
O melhor disso tudo foi que ficamos todos felizes, eles porque puderam ENFIM ficar sozinhos os dois, eu porque pude ficar sozinha comigo mesma, e Pedro em me ver chegar em casa depois de uma manhã inteira longe(exagero mode on, rs). 

No domingo, de novo Pedro acordou e eu não estava. Desta vez, papai também não. Vovó Tatá veio ficar com ele, para fazermos um prova. E foi tudo bem tranquilo. Só não quis almoçar e quando cheguei só quis saber de mamar ou pepeto(o pepê virou pepeto), comeu duas colheradinhas, brincou, mamou de novo e dormimos todas a tarde inteira. À noite visitamos a Biza, onde Pedro se comportou muitíssimo bem, jantou (levei o jantar, porque como ele lanchou depois que acordou, imaginei que não jantaria logo), brincou, falou, cantou, se embalou na cadeira de balanço. E depois fomos à pizzaria, engraçado era ele soletrando ou tentando soletrar tudo o que via escrito lá. Lindo! Ah, aprendeu as vogais e reconhece algumas consoantes e numerais. Adora o M, que confunde com o 3. Confunde também 1 com I, n com u, A com H.







 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Apontando!

Eu em minhas pesquisas sobre alimentação e Pedro desenhando do meu lado.
Ele desenha tanto que toda hora tenho que fazer as pontas do lápis, peguei o apontador e deixei logo perto de mim. Estava distraída e quando vi ele tava com o apontador numa mão e um lápis na outra.

Eu: Meu filho, o que você tá fazendo?

Ele: A PONTA! (sorrisão!)

Hahahaha.

É, eles crescem!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Segunda Sem Carne


Há três semanas depois de algumas conversas, decidimos adotar aqui em casa o dia sem carne e já que a existe a Campanha Segunda Sem Carne, por que não a segunda? E por que não entrar nessa e melhorar um pouquinho que seja a nossa alimentação e, consequentemente, a saúde e a vida como um todo? 
Eu sempre desde pequena me preocupei com alimentação, é claro que quando se é criança e não se tem toda uma super estrutura de família que come bem, a preocupação fica só na cabeça. Mas quando deixamos de ser criança e passamos a ter uma casa, um família e principalmente um filho para alimentar, aí as coisas mudam, aprendemos a ser conscientes ou não para ver o filho saudável.

"A Campanha Segunda Sem Carne se propõe a conscientizar as pessoas sobre os impactos que o uso de carne* para alimentação tem sobre o meio ambiente, a saúde humana e os animais, convidando-as a tirar a carne do prato pelo menos uma vez por semana e a descobrir novos sabores.

Existente em vários outros países, como nos Estados Unidos e no Reino Unido (onde é encabeçada pelo ex-Beatle Paul McCartney) e apoiada por inúmeros líderes internacionais, a campanha foi lançada em São Paulo em outubro de 2009 numa parceria da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) da prefeitura, posteriormente estendendo-se a várias outras cidades brasileiras." Leia mais AQUI.

E lá fui eu vasculhar a internet em busca de receitinhas que me permitissem trocar a carne por outros tipos de proteínas. O feijão é o meu grande aliado na hora da cozinha, mas se ficar no arroz com feijão e só não tem que aguente, certo? Inovar é a lei quando se trata de alimentação saudável aqui em casa e está fucionando, não só no dia sem carne mas na semana inteira. Não basta fazer uma salada ou encher o prato de verduras de qualquer jeito e querer que a família ache aquilo o máximo. 
Primeiro, é preciso saber o que vocês está oferecendo, para que possa "defender" aquela refeição para a família. Sim, virei advogada dos meus próprios pratos. E claro, você precisa saber também o que não comer e por que não comer, para fazer o contrário. Segundo, é importante que a comida seja preparada com muito amor, afinal de contas, é o alimento seu e de quem você ama. E terceiro (para quem tem cirança em casa), só vai funcionar se VOCÊ der o exemplo.
 Voltando para o dia sem carne, hoje decidimos escolher mais um dia da semana para tirar a carne do prato. Olha o que um grão-de-bico é capaz de fazer! A ideia surgiu durante o almoço, falávamos sobre como nos sentimos bem sem comer carne, depois do almoço não ficamos com aquela sensação de peso, no dia seguinte sentimos uma disposição extra, deve ter explicação. Eu não a favor de cortar a carne completamente, especialmente quando se tem criança em casa, mas super apóio esse consumo em menor quantidade, afinal de contas, temos tantas opções entre os vegetais. Hoje, meu aliado principal foi o grão-de-bico. Fiz um "risoto" de grão de bico simples e delicioso e para acompanhar, um ovinho cozido, salada de alface americana com tomate, azeitona, ricota e croutons. 



Para o risoto:
- 2 xíc. de arroz branco lavado
- 1 xíc. de grão-de-bico já cozido, não muito mole
- 1 xícara de abóbora ralada
- Azeite, cebola, alho, sal, pimentão e coentro a gosto
-1 cenoura peq. em rodelas(fiz flores)
- 3 raminhos de brócolis
-6 vagens de ervilha fresca

Cozinhe no vapor(eu uso cuzcuzeira), a cenoura, o brócolis e a ervilha por quinze minutos.

Em uma panela, refogue a cebola no azeite, antes de dourar, acrescente o alho. Quando os dois estiverem dourados adione o pimentão picadinho, o arroz, a abóbora e o sal. Adicione água o quanto baste para ficar mais molinho ou mais soltinho de acordo com su preferência. Cozinhe semi-aberto, antes que seque totalmente adicone o grão-de-bico cozido, diminua o fogo e tampe completamente. Depois de pronto, adicione coentro picadinho e os vegetais cozidos no vapor.

Para a salada:
- Alface americana rasgada com as mãos
- 1/2 tomate picado
- Azeitonas
- Croutons ( cortei meio pão dormido em cubinhos e "temperei" com azeite, orégano, alecrim e alho, assei no forno até dourar)
- Ricota picada

Ficou delicinha!


sábado, 18 de maio de 2013

Cuidadoso

Todas as noites deixo dois ou três bichinhos de pelúcia na cama do Pedro. Já tem uns dias que ele quando ele acorda vai pra nossa cama com um deles, outro dia chegou com os três.

Fico imaginando o que se passa naquela cabecinha: "Vou levar meu pimim(pinguim) pra dormir lá na cama da mamãe, tadinho tão pequeno ele não pode ficar sozinho aqui". Será?

Outra coisa que acho lindo é ele abraçar, beijar, fazer carinho. Ele também dá água, pão ou biscoito e até escova os dentes dos bichinhos. Mas ainda mais lindo é quando ele diz uma frase correspondente a "eu te amo". 

O Pedro, apesar de falar bastante coisa, insiste em não aprender a falar claramente as coisas que eu mais repito pra ele ouvir, o eu te amo dele, por exemplo é tão enrolado que eu nem consigo escrever. 

Mãe te ama, filho!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

UAAAU!

Agora, tudo o que vê de diferente/bonito/engraçado Pedro abre um bocão e solta um UAAAAU!
Não sabíamos onde ele aprendeu, até percebermos que um brinquedo dele fala e no desenho paixonata também soltam a palavrinha com frenquência.
Eis que sábado estávamos em um shopping que não costumamos ir e Pedro avistou a Imaginarium, aquela loja deixa até adulto encantado, imagina um bebê.
Correu até lá e empurrou a porta. Deixamos e entramos juntos. A primeira coisa que ele disse foi o quê: UAAAAU!

Pedro e suas coisas lindas! Mamãe ama taaanto!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Meu dia das mães lindo e tranquilo

Meu presente de dia das mães foi mais que um presente, foi uma experiência maravilhosa! 

Há tempos eu queria conhecer um lugarzinho lindo, que muito já ouvi falar, mas os preguicinhos daqui nunca acordavam cedo. Finalmente, consegui essa proeza em pleno dia das mães. Engraçado é que nem precisava ter acordado cedo, porque acabamos decidindo ir para almoçar.
O tal lugar é o Café e Viveiro Tracoá, um verdadeiro sonho. Pra mim, que sempre reclamo que aqui nesta ilha só tem shopping pra passear, foi perfeito. Se o Pedro gostou? Não, ele não gostou. AMOU!










É um ambiente super aconchegante que transmite paz pela simplicidade. A beleza dos jardins, os bichinhos, crianças, os laguinhos, aquários, parquinho para a criançada, fontes d'água é encantadora não apenas para os pequenos, mas para os adultos também. É um recanto para a família relaxar em meio à natureza. 
Nós amamos e já queremos voltar!

Quer saber mais? Acesse: www.viveirotracoa.com.br
Rolou até um banho de torneira em pleno jardim. É que o calor tava daquele jeito e ele sujinho sujinho, quando viu a torneira quis logo abrir. Deixei.
Beijos e mais uma vez: parabéns a todas as mamães!

sábado, 11 de maio de 2013

A vida me fez MÃE

Foi de repente, foi sem esperar, foi sem programar. Sem planejamento algum, numa bela noite de novembro estávamos nós na frente daquele hospital, com um resuldo positivo nas mãos e um belo desespero nas cabecinhas. A única certeza que tínhamos era que a vida mudaria muito a partir daquele dia. Honestamente, eu não podia imaginar o quanto nem muito menos como mudaria. Fomos vivendo. Um dia de cada vez. Com aquela ansiedade enooorme que cerca pais de primeira de primeira viagem.

Aos poucos a ficha foi caindo, mas para que ela caísse de verdade, era preciso um simples som. Um som que ouvimos até hoje e que ainda ouviremos por alguns anos: aquele choro cheio de emoção, um choro contagiante, um choro que pra mim significou alívio, felicidade, plenitude. Depois de meses esperando aquele dia, aquela hora, aquele instantinho que ninguém no mundo vai ser capaz de entender se não viver. É DIVINO. Só pode. Meu Deus, quanta emoção junta num espaço de tempo tão curto. É inexplicável!
E o que é amamentar? Para mim, foi e ainda é felicidade, amor, satisfação, tudo isso e um pouco mais...
 
Os dias foram passando e na vida real toda aquela emoção se mistura a todas aquela dificuldade que só quem é mãe de verdade conhece. E inacreditavelmente sabe o que aconteceu? Aquele vínculo que foi se construindo lá na barriguinha e que parecia ser o mais forte possível quando o filhotinho chorou pela primeira vez se fortaleceu de tal forma que a vida sem ele a vida não seria mais possível.  E como uma filho muda a relação da gente com a nossa mãe... É como se esse vínculo que muitas vezes vai se quebrando ao longo dos anos, se reestabelecesse a cada sorriso daquela nova vida.

É um amor diferente de tudo o que eu já senti antes. O pequenino foi crescendo, crescendo. Aprendendo. Ele ganhou independência, saiu do colo. Foi tão rápido e ele ele já estava ali engatinhando a casa inteira, como se já nem precisasse de mim.  Mas que bom que ainda precisava. Acho que nós aos mesmo tempo que queremos a independência deles desde cedo, queremos também a dependência. Talvez o vínculo, não sei ao certo. Não demorou muito e ele já levantava sozinho, já comia outras coisas que não fosse o peito da mamãe, já dizia mamãe! Esse foi outro dia de emoção pura! Passa mais o tempo, e lá está ele, correndo, livre. Caindo e levantando... Aaah, meu filho! Eu não conseguiria explicar com palavras o que sinto. 

Em meio a tudo isso, tem também as cobranças, os medos,as incertezas, a vontade de partir para as colinas... É. Porque nem só de amor e felicidade vive uma mãe. Em muitos momentos, eu quis sumir, quis desistir de tudo, e sim ir pra bem longe. Ser mãe não é fácil. Ser SÓ mãe, como insistem em dizer por aí é ainda mais difícil.

 Hoje, passados quase dois anos de abdicação total de todas as outras coisas da vida, se eu for colocar na balança tudo o que contruí com o meu filho e tudo o que eu poderia ter construído se não tivesse ficado 24h por dia junto dele nesses quase dois anos, vejo que valeu à pena. Valeu à pena ter visto cada novidade que ele fez, ter participado de cada momento, ter ensinado cada palavra, ter acompanhado do primeiro sorriso ao primeiro passo de pertinho. É claro que eu entendo e respeito quem não fez ou não pôde fazer a escolha que eu fiz, e é claro que eu acredito que quantidade não é tudo, mas não posso negar que foi maravilhoso participar de todos os momentos e de aproveitar cada um deles. 

Não sou muito de levar as datas tão a sério, mas já que inventaram uma data só pra nós mamães. PARABÉNS,  minhas mamães! Parabéns, pra vocês que como eu passaram essa semana chorando com o carinho dos publicitários que fazem trabalhos belíssimos nesta época do ano, pra vocês que lembraram ainda mais e choraram lembrando de cada momento inesquecível desde aquele dia do resultado positivo, pra vocês que se trancam no banheiro e contam até 10 pra não brigar com seus pequenos, pra vocês que são amor e que dão amor a todo instante não só pros seus filhos, mas pra todos que as cercam. Porque depois a gente tem um filho, a gente vira mãe. A vida quem faz isso, não precisa de esforço, não precisa de faculdade, a gente se torna. 

Um feliz dia das mães a todas as mamães felizes!







terça-feira, 7 de maio de 2013

Pinturas rupestres

Já tem um tempo que o Pedro se apaixonou por lápis, caneta, giz de cera, tinta. Lindo, certo? Sim, quando ele entende que é pra pintar o papel. 
O problema é que não tem mais papel que baste para o meu homem das cavernas. E, claro, já sobrou para as paredes, armários, camas, paredes, armários, paredes, sofá paredes, armários, cadeiras, paredes, paredes, paredes. As paredes aqui de são laváveis (para rebiscos de lápis, creio eu). Ufa! 
Quem disse "UFA" que vá pra pqp, porque ficar passando esponjinha em parede, armários, paredes... e tudo mais  que o Pedro vê pela frente não está fácil. Fora isso, não poder pensar em ir ao banheiro sem antes conferir se não tem um lápis ao alcance dele. Se bem que para o meu escalador, nada mais está fora do seu alcance. Como lidar?
Eu não sou de me desesperar por uma parede riscada, mas me desespero em pensar que ele possa não aprender que não se deve rabiscar paredes. Já fui em uma casa riscada do chão ao teto e não suporto a ideia de ver a minha assim. Espero que passe logo, porque olha...

Quando todo mundo dorme...

Filho e marido dormem. De repente, um silêncio. O único barulho que ouço, é o do teclado. Uma vaga lembrança de quando eu ainda morava na casa de mamãe e isso acontecia todos os dias. Uma rápida impressão de que amanhã eu vou poder acordar, tomar um banho demorado, ler, fazer as unhas, ver alguma coisa na internet, fazer um almocinho rápido, ir pra faculdade, ver gente, assistir uma aula bem chata enquanto eu penso em mil outras coisas ou talvez uma aula maravilhosa que raramente acontecia, mas acontecia, vou andar por aí com os amigos e/ou com o namorado, passear no centro histórico, comer besteiras sem nem pensar em quanto tem de sódio/açúcar/aditivos ali, cantar, jogar conversa fora, voltar pra casa de ônibus, caminhar na rua, olhar a lua no céu... Sentir-me um pouco sozinha.
De repente, uma saudade de tanta coisa que ficou "largada" no meio da vida. Mas ainda mais de repente uma culpa enorme por me permitir pensar algo assim... É que ser mãe tem, além de todas as suas lindezas, uma certa tristeza. Uma estranha sensação de que você não é mais você. Pior ainda: toda e qualquer tristeza deve ser guardada num baú muito bem escondido dentro de você mesma. E tudo isso dói.
Eu sou uma menos mãe por pensar assim uma vez ou outra? Acredito que não. Eu tento dar o meu melhor? Mas que atire a primeira pedra quem nunca quis ter um,dois,três,mil diazinhos próprios depois da maternidade? Pois bem, eu queria. Queria, queria, queria. Tem quase dois anos que queria e nunca tive. E quando tenho uma tardezinha de nada, sabe o que faço? Viro barata tonta e não faço nada. Pois é, contraditório, não? Acho que mãe é assim mesmo, um bicho estranho: extremamente confiante em um momento e super medrosa no momento seguinte.
 De repente, um barulho. Levanto. Foi só um suspiro mais forte. Volto pra minha realidade. É hora de dormir, porque amanhã tem tudo outra vez. Casa, almoço, filho, brincadeiras. E haja disposição!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Distribuindo Abraços...

Ontem, no shopping de todo fim de semana, enquanto eu dava o jantar do Pedro no espaço família, chegou uma mãe com a filhinha pra jantar também. Pedro achou o máximo, claro, uma bebê ali pertinho dele. Começou a correr de um lado para o outro. Sim, a intenção era chamar atenção! De repente, deu um abraço na mãe da menina, outra corrida, uma colherada e mais um abraço. E assim foi, até a comida acabar.

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Minutos depois, chega um menino de uns cinco anos com os pais. Abraço e carinho não faltou. O garotinho foi que não entendeu muito bem. 

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Saímos do espaço família. E nos corredores do shopping tinha um rapaz sentado em um banco. Pedro subiu no banco e deu-lhe um abraço bem forte! E repetiu a dose.

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Caminhamos um pouco mais e vinha uma menininha de uns 4 anos com os pais. A menina estendeu as mãos como se fosse fazer um carinho. E, CLARO, ganhou um super abraço!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A primeira frasezinha a mamãe nunca esquece

Eis que fui dar o banho de Pedro e lá vem ele cheio de bolas nas mãos.
Ok, tudo bem. Então, ele joga as bolas no chão e diz:
- Tutar, tutar!
-Oi, filho? O que você vai chutar?
-Tutar, tutar a boúa!

Own, gente, quase choro.