terça-feira, 23 de abril de 2013

Amamentação: uma batalha diária

Amamentar pra algumas é algo simples e natural, pra outras nem tanto. Pra mim, foi bem tranquilo. O Pedro pegou o peito direitinho, no início dormia rápido e eu tinha que o estimular pra continuar mamando, mas nada de ruim. É claro que o bico rachou, mas nada foi um bicho de sete cabeças. O bicho na verdade existia na cabeça das outras pessoas que insistiam em "pitacar" crente que aquele meninão enorme, coitadinho, estava morrendo de fome, por isso ele ficava pendurado no peito o dia inteiro. É óbvio eu morreria dentro de alguns meses naquela rotina de amamentação, na cabeças deles, certo?
 E se existiu algum bicho de sete cabeças pra mim também foi ter que aprender a não ouvir lidar com todos os comentários que eu ouvi quase todos os dias.Aqueles mesmos que muitas mães ouviram: Dá um engrossado pra ele dormir a noite toda; menina, essa criança vai morrer de sede nesse calorzão, ele TEM que beber água; olha, tu está muito magrinha, se continuar amamentando desse jeito, tu não vai aguentar; dá pelo menos um suquinho; esse choro é de fome; não, esse choro é de cólica, dá um chazinho pra ele. É minha gente... NÃo é fácil ter que aturar as pitaqueiras SEMPRE de plantão enchendo o saco, porque venhamos e convenhamos esse tipo de comentário só serve pra encher a porra do saco. Fiquem caladas minhas queridas senhoras que davam farinha, chá, água, café  pros seus filhos de 1 mês de idade, se eu tinha leite igual uma vaca, por que eu não daria pro meu filho?
 Eu infelizmente não consegui realizar o aleitamento exclusivo até os seis meses, por puro nervosismo. O Pedro teve uma infecção intestinal que causou uma desinteria que não parava, durou mais de dez dias e a pediatra dele e uma pediatra amiga da família insistiram pra que eu desse sucos e frutas que prendessem. Apesar de não ter feito nenhum mal visível pra ele e de ter ajudado a segurar o cocô, eu me arrependo amargamente. Se tivesse o conhecimento que tenho hoje, cerca de 1 ano e meio depois, eu faria diferente. Mas... já passou... Depois, acredito ter cometido outro erro que foi dar leite articial(apropriado pra idade dele e com indicação médica) pra ele dormir quando ele precisava mesmo era de carinho, com todos aqueles dentes nascendo, isso depois dos oito meses. Na época, eu realmente acreditei que fosse fome e as pessoas falavam tanto que leite de peito era só água que acabei me deixando levar. Hoje, eu percebo que tudo foi culpa falta de informação minha e dos outros, mas não é hora pra culpas e culpas. Com um ano mudamos a fórmula e ele passou a tomar o leite ao acordar também e em algumas ocasiões pra lanche ou na mamadeira ou em forma de papinhas. Com 1 ano e 4 meses, ele enjoou o leite e eu ficava desesperada achando que ele estava com fome, que faltaria as vitaminas, meu Deus, o cálcio. E não é que depois de muita leitura eu descubro que foi muito melhor assim. Que bom mesmo é este peito, que só este é feito única e exclusivamente para meu petitico crescer saudável. 
Só que o menino cresceu e agora as pessoas me olham com os olhares mais tortos do que quando ele só tinha 4 meses se eu penduro o garotão no peito no meio da rua, do shopping, da praia e até mesmo na casa de algum amigo; pior: às vezes, dentro da minha própria casa. Tem um episódio que nunca vou esquecer. Voltando da pediatra com o Pedro de uns 2 meses e minha sogra, desci do carro com ele mamando e entrei no elevador, onde estava um casal com idade pra ser meus pais e ficou um silêncio, um constrangimento e eu sem entender por que. Saindo de lá minha sogra me chamou atenção pra eu não amamentar mais daquele jeito. OOOI? O que eu fiz, minha gente? Eu ouvi calada, mas a vontade que eu tive foi de mandar ela, eles e todas as pessoas que AINDA tem esse pensamento ridículo pra aquele lugar. Desde então eu fiquei com medo de ser apedrejada quando fosse amamentar em público, porque parece que é isso que vai acontecer.
Por esses e outros motivos (noites e noites mal dormidas, cansaço absurdo, medo dele se tornar super dependente de mim, fases em que ele não aceitava comer e muitos pitaqueiros afirmavam ser por conta do leite materno, emagrecimento contante MEU, entre tantos outros...) muitas e muitas vezes eu pensei e até tentei desistir de amamentar depois que ele fez um ano. Cheguei a dizer pra ele que o peito estava dodói e até a colocar cutativo, mas eu não conseguiu ver meu filhote ali, cheirando o peito, muitas vezes chorando e dizendo "pepê" e fingir que nada estava acontecendo. Resolvi buscar ajuda em um grupo de mães que criei na internet e meio que por acaso descobri um outro grupo que me fez mudar completamente o pensamento do desmame forçado. Foi então que eu deixei todos os medos pra trás e passei a obter cada vez mais informações sobre este alimento completo que posso oferecer para o meu pimpolho. A partir daí, ficou mais amamentar voltou a ser algo prazeroso pra nós dois, vergonha ou mesmo o medo de amamentar em público eu mandei pra bem longe de mim, e a ideia de desmamar? O desmame aqui, se Deus quiser, só vai acontecer quando o Pedro sentir vontade. 
Eis que no fim de semana passado, pela primeira vez na minha vida de mãe, aconteceu o contrário: eu fui elogiada! GENTE, EU FUI ELOGIADA POR AMAMENTAR EM PÚBLICO! Bom, o elogio veio de pais, mas VALE, vale muito. Aconteceu que o Pedro acordou quando chegamos no supermercado e já veio colocando a mão por dentro da minha blusa, eu tinha visto uma mãe sentadinha com um bebê domindo em um dos poucos bancos do supermercado, fui lá sentei e coloquei o peito na boca do meu meninão de 1 ano e 9 meses. Dei aquele sorrisinho. Ela sorriu muito simpática e perguntou a idade dele, eu respondi e ela disse: Nossa, que legal! Ele ainda mama! O meu tem 1 ano e 4 meses e espero que ainda mame bastante. E bom, né? Nisso aparece o pai, que me parabenizou muitas, muitas vezes. E ficamos ali, trocando as experiências da amamentação. Esse tipo de coisa dá um gás, sabe? É muito mais importante do que se pode imaginar. Agora, estou aqui, com meu pequeno pendurando no peito. Leite artificial hoje só se for pra alguma comidinha especial. E leite materno até quando for possível. É um gesto de amor, de carinho, de cuidado... Tem gente que não entende, mas tem também quem entenda, graças a Deus.

Hora do Banho, Filho!

Estu achando o máximo a última coisa que o Pedro aprendeu.
Agora, toda vez que digo: "hora do banho, filho!", ele corre pro banheiro e tira a cueca/ o short sozinho, faz um esforço, se equilibra segurando na parede, mas consegue. Depois tenta arrancar a fralda... E diz: TUVA!, que é chuva, pedindo pra ligar o chuveiro!

Eu posso com isso? Daqui a pouco está tomando banho sozinho, meu rapaz!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cocô

Lá vem Pedro do seu quarto com um bonequinho de pano dele na mão.
A calça do boneco está abaixada no bumbum, Pedro me mostra e diz:
- Cocô, cocô, cocô! 

Eu acho que no fundo ele queria era dar um banho no boneco...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Bebês me emocionam

Boa noite!

Hoje, agora mesmo, eu soube do nascimento de mais um bebê, filho de um conhecido meu,  e eu fico me perguntando: Sou só eu que fica super emocionada quando sabe de um nascimento?
Gente, eu sequer preciso conhecer... Fico feliz só de saber. Todas aquelas lembranças do dia que meu Pedro nasceu, todas as sensações, todos os sentimentos, todas as borboletas no estômago voltam num piscar de olhos.
Eu acho lindo! Acho lindo vê um pequenino mamando, acho lindo vê a emoção de uma mamãe, acho lindo vê um papai desengonçado tentando carregar o filho pela primeira vez.

Sim, eu sou uma mamãe boba!

 

P.S.:Sumi daqui por conta de uma gripe que me derrubou e hoje, que eu melhorei um tantinho, chegou com tudo no Pedro, vim rapidinho enquanto ele tira um cochilo fora de hora, por conta da chata. 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Comilão, músico e empilhador

Já tem tempo que eu ofereço coxas de frango pra Pedro comer com a mão e ele sempre negava. Na última sexta, ele quis a coxinha cozida. Adorou! E eu adorei mais ainda.

 À tarde, ele aceitou segurar um pedaço de banana e até comeu um pouquinho, eu fiquei tão feliz que esqueci de fotografar! É que tem um tempão que ele rejeita as frutas e eu compenso com verduras e lugumes. :)
 Domingo, nós almoçamos na casa de mamãe e como eu acordei muito tarde, não fiz o almoço de Pedro. Chegando na casa da avó, ele comeu pela primeira vez comida "de rua" (minha mãe disse que a comida dela não é de rua rsrsrs) e eu achei meu filho tão crescido comendo arroz de cenoura, feijão e carninha assada! Mãe totalmente boba!
Entre visitas recebidas e feitas, tivemos ainda aquele passeio no shopping de quase todos os domingos.

Desta vez, o que chamou a nossa atenção foi o Pedro correr sozinha pra um "brinquedo" que imita uma banda e sem a nossa ajuda pegar as duas baquetas, sentar no banquinho e "tocar bateria" como se fizesse aquilo todos os dias... 

 Depois, como de costume, também sozinho ele entrou no fraldário, onde tem brinquedinhos e DVDs que ele adora. Sempre que paramos na praça de alimentação, ele corre pra lá se estiver no chão. Há umas duas semanas ele viu um menino de uns 3 anos brincando de empilhar essas peças de madeira e, deste então, passou a imitar. Em casa, ele tenta empilhar tudo o que vê pela frente, mas nunca tinha conseguido fazer "torres" tão altinhas. 



 Isso é que eu chamo de concentração!




sexta-feira, 12 de abril de 2013

PARTO: Por que não esperar a hora certa?

Já tem uns dias que algo me perturba para que eu faleu sobre o parto do Pedro e tudo o que envolve fazer ou não uma cesariana. Acho que já adiei o suficiente. Então, vamos lá!
Desde que recebi o "positivo", pensei: parto normal, claro. Eu cresci achando que era a coisa mais natural do mundo (e é), isso porque minha avó pariu 13 filhos, 12 deles em casa e minha mãe pariu eu e meu irmão. Por que comigo seria diferente? Quando eu defendia o parto normal, quase todas as pessoas diziam: mas tu vais aguentar a dor? Gente, por que não? Não foi assim que nós nascemos? E segui com minha ideia de parir naturalmente, não precisava ser em casa, com a família, os amigos, os vizinhos, os gatos e cachorros, mas eu queria parir.
Eu fiz o pré-natal com dois ginecologistas, um da rede pública e uma particular. Ele me apoiou com a ideia do parto normal. Ela nem tanto. Ele sempre disse que me acompanharia, mas que "parto normal é a cesárea". E falava isso com tanta certeza, que me convenceu. Eu tinha medo, quem não tem? Muitas pessoas aumentam esse medo, medo da dor, medo de "não ter passagem", medo de passar da hora, medo de passar por todo o "sofrimento" que muitas mães relataram e não conseguir e todas aqueles medo que as grávidas costumam sentir.
Quando eu estava lá pelas 36 semanas, minha médica chega com a notícia de que viajaria na semana que provavelmente o Pedro nasceria(primeira semana de julho), era uma viagem de uns 10 dias. Aí, minha gente, eu fiquei desesperada! Por mais que ela fosse a favor da cesariana, eu tinha total confiança nela e não queria arriscar ter que passar por tudo com um outro médico qualquer de plantão e nem voltar pro primeiro médico e encarar todos os maus tratos da rede pública...
Lá fui eu, pra minha possível última consulta com 38 semanas, terça-feira, 28 de junho, morrendo de sono porque tinha saído pra comemorar o meu aniversário na noite anterior. Cheguei lá, não sentia nada de dores, nunca soube o que é uma contração. Ela fez o toque e disse que não  havia sinal nenhum, mas que a partir dali eu poderia parir a qualquer momento e deixou a decisão nas minhas mãos. Eu senti um medo tão grande. Mais uma vez, todos aqueles medos. Ela me pergunta se poderíamos marcar o data... Ai que medo. Gente, MARCAR a data? Como assim? Eu estava assustada, nervosa, ansiosa, louca pra ver a carinha do meu filho. É, vamos marcar. Sábado, 2 de julho. Saí daquele hospital roxa, azul, verde. Nervosa.
À tarde, ela me ligou pedindo pra fazer um dia antes: sexta, 1º de julho. Bom, se é pra escolher, escolhemos um dia ímpar, eu até prefiro.
Quinta à noite ela me ligou novamente: nada de dores? Nada. Vai fazer mesmo? Vou fazer mesmo. Acho que nem dormir. Estava nervoooosa. "Acordamos", tomamos banho, tomaram café e lá fomos nós, eu, o Pedro, o papai, a vovó paterna, a bisa, depois chegaram vovó e tiavó maternas. Tralhas, muitas tralhas. Arruma o quarto. Espera. Espera . Parecia que eu nunca seria chamada. Acho que o centro cirúrgico estava cheio, o consultório estava cheio. Afinal, a doutora ia viajar... Enfim, fui levada pra preparação, não precisei fazer a tal lavagem, graças a Deus, hahaha. Fiquei numa sala de espera, fui levada pro centro cirúrgico antes da hora e tive que voltar a esperar. Depois de uns quarenta minutos esperando sozinha, lá fui eu levada pro abatedouro, opa centro cirúrgico. Eu preciso falar desse centro cirúrgico. Eu só entrei em um lugar desses quando era bem pequena, então não lembro de nada. Um lugar frio, MUUUITO FRIO, tanto que meu queixo não parou de tremer, com uma luz forte em direção à barriga, aqueles médicos contandos suas histórias commo se estivessem sentados numa mesa de bar, meus braços tão abertos que os ombros doíam mais que tudo...
Voltando ao parto, já anestesiada o papai que estava lá fora, foi chamado. Fiquei um pouco mais calma. O papai surpreendeu a todos e conseguiu gravar todo o parto! Eu só sentia aquele mexe pra lá, mexe pra cá na barriga. De repente, a médica diz:" Magrinha, onde é que tu escondeu esse menino?"(porque minha barriga era muuuito pequena e ele nasceu grandão) e escuto o choro. Eu que já chorava desde o início, me acabei de chorar, um choro aliviado de ter sido tudo tranquilo, do Pedro ter nascido saudável. Aí, por 5 segundos a  pediatra deixou que eu olhasse o Pedro e lá vai meu Pedro Henrique embora nos braços de uma médica, se pelo menos fosse do pai... Não era pra ele mamar, gente? Fiquei triste chateada. O Clecius estava tão nervoso que fez vídeo, em vez de foto. A foto que eu tenho desse momento, teve que ser feita a partir do vídeo. Eu fui costurada e fiquei numa sala de espera, entre o centro cirúrgico e a pediatria. O Pedro chorava lá e chorava cá. Uma enfermeira enfim chegou perto de mim e perguntou se eu queria ficar um pouco com ele e eu fiz que sim com a cabeça. Ela trouxe, mas só colocou perto de mim. Chegou a hora de ir pro quarto, a família toda lá fora. E eu chorava. Chorava. Chorava. O Pedro só chegou uns vinte minutos depois nos branços da minha sogra. Mamou. Mamou bem. Teve um probleminha na respiração e a glicemia estava um pouco baixa, creio que tenha relação com o parto  antes da hora, mas não me deram maiores explicações: É normal, foi o que disseram. À tarde, fez exames, tomou leite do banco de leite no copo e melhorou. Eu não tive nenhum problema da cirurgia. Ficamos bem...
Apesar de toda a emoção e do Pedro não ter apresentado nenhum problema grave, desde que ele nasceu eu me pergunto se fiz mesmo o correto... E eu tenho a resposta: Não. Eu errei. Tento compreender que naquele momento eu não tinha metade das leituras, informações, conhecimentos dos riscos que tenho hoje.Que eu não tinha experiência, não apenas por ser nova, mas porque muita coisa a gente só descobre depois da maternidade e, claro, depois do erro. Que eu poderia ter quem me dissesse: Não, Renata, essa não é a melhor opção. Mas o que tive foram várias pessoas dizendo que era melhor mesmo não sentir dor e todo aquele blablablá de sempre. 
Hoje, eu tenho a mesma ideia que tinha quando me descobri grávida, só que com muito mais conhecimento: quando eu tiver um segundo filho, este será parido. E desta vez, não haverá palavras de médico que me impeçam de, no mínimo, tentar. É claro que tenho consciência de que há casos em que é necessário fazer uma cesárea. Mas se tudo der certo e se um dia eu tiver um segundo filho, esforço e coragem não me faltarão...






quarta-feira, 10 de abril de 2013

Paninho...

A semana está difííícil! Corrida...

Vou contar duas do Pedro bem rapidinho:

Ele está com umas dez pintinhas de picada de inseto, que insiste em coçar e mesmo com as unhas sempre curtas, acaba ferindo e saindo sangue. Eu tive a brilhante ideia de dar gaze molhada com água gelada pra ele passar, na esperança que amenize um pouco essa coceira. Tem funcionado...
Lindo foi ele achar embaixo da mesa um guardanapo e passar na ferida. Quando eu perguntei o que estava fazendo, ele respondeu: Painho, painho (paninho). Está certo! Paninho, como eu tinha ensinado.

*****

Ontem, coloquei alface no prato, na esperança que ele comesse. Ele nos vê comendo, mas nunca teve interesse de pegar e eu sei lá porquê eu ficava com medo de colocar no dele. Enfim, ofereci... Ele me olhou e disse: PAINHO, PAINHO! Morri de rir. Expliquei que não era paninho, era alface e que era de comer. Comi pra ele ver, ele colocou na boca, mas tirou com mão. Tentarei outras vezes...

Beeeijo

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Na janela

Da janela do meu quarto dá pra ver uma padaria que fica do outro lado da avenida. Na frente da padaria, há um caminhão da coca-cola estacionado. O Pedro brincava na cama comigo, quando avistou o caminhão.Subiu na janela e não pára de falar:
- CACOUA! CACOUA! CACOUA!
Ele nunca tomou coca-cola, mas gosta da marca e das propagandas da marca, pode?Na verdade, ele gosta de determinadas marcas e propagandas e o pai morre de medo dele querer ser publicitário também, hahaha.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Com a pomada e a escova na mão

Fim de tarde: vamos brincar lá embaixo, Pedro? Tem só que trocar essa fralda e escovar os dentes, filho. Mamãe pega a pomada, o creme dental e a escova. Passa a pomada na escova e quase entrega pro filho se entreter e deixar mamãe trocar a fralda sem muita dificuldade. Pode? Me diz, gente, pode uma coisa dessas?

Alimentação: Expectativas X Realidade

Nós mães temos manias de criar expectativas. Durante a gravidez, costumamos querer planejar tudo. E eu não falo de parto e quartinho não, isso é óbvio. Eu estou falando é de como, o quê e quando o filho vai comer, vai pra escola, do 1°, 2° e 10° aniversário, de qual profissão ele vai ter. Sabe tudo o que vai fazer e quando tudo acontecer. Só que o pequeno nasce dá uma rasteira na mãe, que descobre que quase toda aquela sabedoria que ela acreditava ter não vai servir pra muita coisa. E todas aquelas leituras e conversas com outras mães e pediatras podem até ajudar, mas não necessariamente servirão para todas as ocasiões.
Eu explico. Eu também fui assim. E até tive um bom desempenho nos primeiros meses. Consegui amamentar e quase amamentei exclusivamente por seis meses. Mas aí veio a primeira rasteira. Em meio a opiniões de todos os tipos e, principalmente, a muitas opiniões super sábias(só que não) de que o Pedro precisava de um complemento, porque o meu leite não era suficiente pra um menino tão grande ("ainda mais menino que mama mais!", "credo, tu tá muito magra, tu tá seca, dá um engrossado pra esse menino", "desse jeito tu não vai aguentar, vai ficar doente": era isso que eu ouvia, daí pra bem pior.), nós passamos dos 4 meses só no leite materno. Até que um dia o Pedro teve contato com pessoas que mexeram em brinquedos mal cuidados de um cahorro mal cuidado e eu fiquei sem saber como pedir pra que não pegassem nas mãos dele - não sei por que as pessoas gostam tanto de mãos de bebê - eu também não lavei imediatamente as mãos dele e o resultado foi uma infecção intestinal causada por uma bactéria e diarreia, muita diarreia. Três dias de diarreia, hospital, peito, peito, peito, exames, hospital, remédios, e nada de melhorar. Lá pelo 10° dia ele já estava melhor, mas ainda fazendo mais cocô que o normal, a médica dele pediu que eu desse frutas e sucos pra ajudar a prender. Hoje, eu não daria, teria comido batata doce, maçã e banana até prender o cocô dele, mesmo que eu também ficasse presa. Aliás, não sei, é muito fácil falar quando seu filho não está se "desfazendo" em cocô...
E assim o Pedro começou a comer frutinhas. Com 6 meses, começou a comer a papinha salgada, que não aceitou muito bem, mas foi acostumando. Com 8 meses, comia maravilhosamente bem e eu comecei a dar o leite articial próprio pra idade dele antes de dormir. Até que perto de fazer 1 ano, ele começou a andar e foi perdendo o interesse pela comida. Primeiro, rejeitou as frutas, depois o suco, com muito esforço comia alguma coisa. Depois, foi a vez da comida. Era um Deus no acuda pra fazê-lo comer. Hoje, com 1 ano e 9  meses, voltou a comer melhor. Não é todo dia que come super bem, mas tem comido e aceitado todos os legumes. Frutas, muito raramente. E peito, se depender dele, o dia inteiro. 
Mas o meu problema maior não é o Pedro não querer comer frutas, é ele ter interesse em pizza, sanduíches, batata frita, chocolate. Eu não sou do tipo radical, que diz: meu filhonão vai comer doce nem nada industrializado. Até tentei ser, mas vi que não era bem assim que funcionaria. Nós comemos algumas besteiras aqui em casa, sim, mas comemos muito mais coisas saudáveis. Eu não abro mãi de comer pelo menos 3 frutas por dia e sempre ofereço pro Pedro e ele dificilmente aceita, mas eu não posso pensar em abrir um pacote de biscoito que ele já quer. Costumo dar o biscoito integral ou de água e sal, o doces ele nunca comeu. No almoço, comíamos batata palha com uma certa frequência, e tivemos que cortar desde que ele demonstrou interesse. Outro dia, fomos almoçar no shopping e coloquei 3 bolinhas de batata frita no meu prato e enquanto eu sentava, Pedro roubou uma batata e enfiou na boca. Por que ele não pegou um tomete, que também tinha no prato? Aí vai aparecer alguém pra apontar o dedo e dizer: Culpa tua, que não deveria comer sequer uma bolinha de batata frita! Eu realmente, me sinto culpada muitas vezes. Mas me sentir culpada por ele ter vontade de provar "porcarias" e não querer provar frutas? Lembro que antes de um ano ele dizia: ME DÁÁ, quando via a mesa cheia de comida quando ainda morávamos na casa da minha sogra.
Hoje, tento fazer o mínimo possível de fritura e o máximo possível de comidas saudáveis para todos, na intenção de que o Pedro não rejeite o "pouco" que come. Mas tenho acompanhado também muitas mães de todos os tipos, das que dão café e coca-cola pra bebês de 1 ano até aquelas que dizem que uma criança de 2 anos não pode comer farinha láctea, porque tem muito açúcar, não pode comer pão que não seja integral e carne vermelha nem pensar. Acho que tudo tem um limite. O Pedro já provou chocolate, pizza, feita por mim, borda de pizza, roubou batata frita, come farinha láctea. E isso não significa que ele vá ser um adulto doente. Eu prefiro o meio termo e, hoje, penso que é melhor oferecer uma coisinha ou outra de vez em quando do que ele chegar na escola, por exemplo, e ser deparar com muitas novidades e querer comer tudo de uma vez.
Posso estar errada e posso vir a mudar de opinião - como já mudei uma vez - , mas hoje é assim que penso. E acredito ser possível ter um filho saudável sem toda essa frescura que muita gente prega.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Hoje, em mais um daqueles "sumiços" rápidos do Pedro dentro de casa, o encontro no quarto dele com a luz apagada admirando a arrumação que ele fez com uma bola e três pinos de boliche. Vejam que coisa linda! Ele faz essas coisas com o maior cuidado pra um pino não derrubar os outros e, claro, só foi o tempo de fotografar e ele já foi inventar outras coisas. :)
Pela manhã, enquanto eu fazia o almoço ele chegou, escolheu essa colher na gaveta e ficou batendo no chão, aí mamãe deu uma frigideira e por que não uma batata? hahaha ADOROU!


E minha felicidade do momento é que ele depois de muito tempo comendo pouquíssimo, voltou a comer bem. Hoje teve frango com batata, quiabo e berinjela e arroz de cenoura e abóbora. Comeu tudinho pra alegrar a mamãe e comeu mais no almoço de papai e mamãe. :D



Beeeijos ;*

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Casa organizada sem empregada

 Como alguns aqui sabem nós moramos com a sogra até outro dia. Nos mudamos pro nosso apartamento há exatos 4 meses. Nooossa, JÁ? Antes disso tivemos uma experiência de aluguel por 3 meses. Desde então, eu sou a responsável por quase todos os afazeres domésticos. O Clecius ajuda, mas só ajuda. Eu meio que optei, meio que não pude ter alguém em casa. Até minha experiência com diarista foi péssima e cada vez mais acho que é melhor eu fazer minhas coisas sozinha, porque só assim fica como eu quero e gosto. Tem pessoas que perguntam como eu dou conta. Gente, eu não dou conta. Eu apenas tento.
O fato é que fazer tudo sozinha quando se tem criança em casa não é tão simples assim. Há exatamente duas semanas, a casa estava de pernas pro ar DE VERDADE. E não bastava  contratar a diarista pra arrumar, porque elas só fazem o superficial. Foi quando eu percebi que faltava alguma coisa pra eu conseguir me organizar. Tudo o que eu faço com organização costuma ter uma lista pra auxiliar. E se eu fizesse uma lista pra organizar toda a casa? Já li algo parecido e costumo ler dicas daquelas de revista e muitas funcionam. Organizar cada compartimento da casa, por exemplo, foi a principal pra mim. Quando tudo está fora do lugar é preciso determinar por onde começar e ir fazendo cada dia um pouquinho. Tentar fazer tudo de uma vez só, vai apenas piorar a situação.
Então, esquematizei a semana inteira, de modo que até a sexta eu conseguisse organizar todos os armários, passar todas as muitas roupas que estavam acumuladas há semanas e fazer as atividades de todos os dias(cuidar do Pedro, fazer almoço, ter um tempinho pra mim). Semana passada, foi a vez de fazer a limpeza pesada de toda a casa, uma parte por vez. Essa semana é praticamente só manutenção.
Quando você determina as atividades que tem pro dia, fica mais fácil se empenhar em fazê-las. Antes, eu ficava uma barata tonta e nada dava certo. Agora, a casa fica organizada e limpa quase sempre e ainda sobra um tempinha pra eu, por exemplo, postar no blog hahaha.
 Meu esqueminha desta semana feito à mão mesmo, porque asim eu posso adicionar mais atividades quando quiser e vou riscando o que já foi feito. Para as apaixonadas por tecnologia, acho que dá pra usar o tablet ou até o celular, deve até ter aplicativo pra isso. Eu prefiro papel e geladeira mesmo haha.

 Acredito também que certas dicas são sempre válidas:

- Usou o que quer que seja, devolva pro lugar;
- Recolha os brinquedos todos os dias; 
- Arrume a cama ao acordar;
- Sujou, lavou/limpou antes que acumule; 
- Roupas sujas sempre no cesto;
- Toalhas molhadas nunca na cama;
- Limpe os sapatos usados e guarde-os;

E o mais importante: estimule todos em casa a cumprirem as regras ou nada disso funcionará.  

Beijos!



Um ano e nove meses e o tempo só voando...

Hoje, meu pequeno faz um 1 ano e 9  meses! E ainda me pego muito mais que sempre me pego tentando entender o porquê do tempo passar tão rápido depois que temos um filho. Dá pra entender? Não dá. Logo agora que precisávamos de dias longos, de descanso, de disposição pra aproveitar cada momentinho deles. É... eu imagino que daqui a pouco ele faz 2, 3, 20 anos... E é por isso que eu tento aproveitar cada instante e curtir cada novidade! Nesses momentos é que eu percebo que vale, sim, à pena abrir mão de tudo, especialmente nesses primeiros e tão preciosos anos... 
A gracinha de hoje do Pedro, foi pegar o colchão inflável que estava embaixo da caminha dele e sair arrastando até a sala e dizendo: "puar, puar,puar" (pular, pular, pular). O caminho é curto, porque o apartamento é beeem pequeno, mas mesmo assim na metade ele parou de puxar e resolveu carregar - não não sei como - o colchão. Parou no meio da sala e foi pular! Acho que faltou encher, não é, filho? hahaha


Porque se sujar faz bem...

Sábado o Pedro passou o dia inteiro apontando pra uma prateleira onde guardo os gizes de cera e tintas dele, dizendo: "pipar", que é pintar. Confesso que me fiz de desentendida, porque a casa estava cheia e a bangunça seria muito grande. À noite, eu estava no computador e ele brincando com o pai, quando escuto o Clecius dizendo pra ele vir me mostrar alguma coisa. Lá vem Pedro com os potinhos de tinta guache nas mãos. Eu podia dizer não? De jeito nenhum!

Olha a felicidade.

Concentração!




Nossos trabalhos artísticos :)




Essa foi a segunda vez que pitamos juntos com tinta. Uso o giz de cera com mais frequência, porque suja menos. Quanto apresentei a tinta pra ele, foi uma bangunça enorme. Vejam:






Acho que agora ele entendeu que é pra piintar o papel e não o corpo. Mas se sujar o corpo, a gente limpa depois. :)

Beeeijos ;**

Páscoa!

 Desde que começou-se a falar em Páscoa ese ano fiquei pensando se daria ou não chocolate pro Pedro. Quando fomos ao supermercado e os ovos já estavam lá, o próprio Pedro ficou encantado e toda vez que passa lá repetia muitas vezes: CACACUUUM! 
Penso que ele deve ter achado diferente aquele colorido todo. Junto com o pai, ele encontrou um ovo do Mickey e, claro, adorou! Eis que no fim de semana anterior ao da páscoa encontramos uma amiga, a tia Rayssa Alves, no supermercado que quis presenteá-lo com o tal ovo. 
Ele amou!

 



 Abraçou tanto esse Mickey e imitou o jeito de andar do bichinho. Quanto ao chocolate, eu dei alguns pedacinhos pra Pedro, que queria comer o ovo inteiro e de uma vez só. Essa foi a terceira vez que ele comeu chocolate e, pra minha tristeza, ele adora!

Sábado, fizemos uma almoço de Páscoa para a família e foi uma festa só. Pepê ama a casa cheia!

* Pedro chama chocolate de cacacum, por conta das propagandas da Cacau Show.